No Outubro Rosa, mês mundial de prevenção contra o câncer de mama, profissionais Flex falam sobre a doença, os principais sintomas e a importância de se fazer exames regularmente.
Mais de 59 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. Essa é a incidência estimada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) para 2019 no País. No intuito de alertar a população para a prevenção da doença – uma das mais comuns entre as mulheres e que matou no ano passado 627 mil pessoas no mundo – instituições de saúde, órgãos públicos, além de empresas privadas e profissionais de diferentes segmentos se organizam em outubro para reforçar a mensagem sobre a prevenção e a importância do diagnóstico precoce do câncer.
O movimento conhecido como Outubro Rosa, nasceu nos Estados Unidos e atualmente tem proporções mundiais. O objetivo é sensibilizar mulheres e toda população sobre os cuidados com a saúde e a necessidade de se fazer exames periódicos, para prevenir e diagnosticar de forma precoce a doença.
Câncer de mama
Segundo o Inca, o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam e formam um tumor. Por existirem vários tipos de câncer de mama, a doença pode evoluir de diferentes formas.
Para um diagnóstico precoce e o sucesso do tratamento é necessário estar atenta aos sintomas, como por exemplo: caroço (nódulo) endurecido, fixo e geralmente indolor; alterações no bico do seio (mamilo); pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço; saída espontânea de líquido de um dos mamilos; além de pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
Outro ponto importante e que contribui para o diagnóstico da doença é ficar atenta aos sinais do corpo. Para a médica do trabalho do SESMT das Unidades de São Paulo, Dr.ª Cristiane Paccini Padovani, a mulher precisa se conhecer mais. “Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas, para reconhecer suas variações naturais e identificar as alterações suspeitas. Em caso de alterações persistentes, a mulher deve procurar o posto de saúde ou seu médico”, reforça.
Além das alterações genéticas herdadas na família, outros fatores podem estar relacionados ao desenvolvimento do câncer de mama, por exemplo excesso de peso corporal, falta de atividade física e consumo de bebidas alcoólicas. O Ministério da Saúde ressalta que com a adesão de alguns cuidados (como manter uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física) é possível reduzir em até 28% o risco da mulher desenvolver a doença.
Embora comum em mulheres, o câncer de mama também pode afetar os homens, com média de idade entre 50 e 70 anos. “Representa 1% do total de casos da doença”, acrescenta Padovani. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), orientar esse público sobre a possibilidade do surgimento da doença e manter hábitos saudáveis contribuem no combate ao câncer.
Histórias de superação
Além de conhecer o corpo, a importância de se fazer exames regularmente é fundamental para a descoberta precoce da doença e maior chance de cura. Foi o que aconteceu com a gerente da Central de Relacionamentos da Flex, Izoleide Cruz.
“Descobri o câncer em 2017, um carcinoma na mama esquerda. Estava com boa saúde, bons hábitos alimentares, não fazia e não faço uso de tabagismo, álcool ou qualquer outro tipo de droga. Apesar de estar em dia com o preventivo, há seis meses estava com uma requisição para fazer a mamografia e sempre adiava. Eu achava que nunca aconteceria comigo. Um dia meu filho, na época com 8 anos, sonhou que eu havia morrido. Profundamente tocada, entendi que se não fizermos por nós, façamos por aqueles que nos amam e dependem da gente. Fiz o exame e quando recebi o diagnóstico de câncer tinha certeza que ia morrer. Mas Deus é onipotente, onisciente e onipresente, colocou anjos na minha vida, para mudar o rumo dessa história”, lembra Izoleide.
Para a profissional, o apoio dos familiares e amigos ajudou a enfrentar o tratamento. “Durante o período que fiquei afastada recebi muitas mensagens, orações, demonstração de carinho da empresa inteira, da minha equipe, minha superintendente, inclusive do presidente Sr. Topázio Silveira Neto. Tudo isso me deu força e vontade de voltar. Prevenção é um ato de amor próprio”, completa. Hoje, curada, ela continua fazendo os exames de controle que fazem parte do tratamento que durará em torno de cinco anos.
Quem também venceu um câncer graças a realização de exames periódicos foi a coordenadora Corporativa de Segurança do Trabalho do SESMT, Thiami Tomasi. Na época, em 2014, ela levou um susto ao descobrir nos seus exames de rotina um nódulo na garganta.
“No início começou a aparecer algumas doenças de alerta como gripe frequente, dor de estômago, dores de cabeça, manchas pelo corpo. De repente um caroço no pescoço. Mesmo com os exames aparentemente regulares, investiguei, refiz os exames e então o diagnóstico, estava com um tumor com o nome de carcinoma escamocelular avançado no grau máximo 4. Estava todo interno e só pelo toque no meu pescoço que eu senti e fui atrás para investigar”, conta emocionada Thiami.
Depois de quatro meses realizando sessões de radioterapia, Thiami obteve sucesso no tratamento. “Existem coisas que ninguém fará por nós e cuidar da saúde é uma delas. Olhar para seu corpo, prestar atenção aos sinais que aparecem, se priorizar… Na correria do dia a dia, e com a sensação do tempo passando cada vez mais rápido, devemos colocar na agenda um mês do ano onde, nessa janela de dias, faremos os exames de rotina”, reforça a coordenadora.
Tratamento gratuito
O Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, oferece gratuitamente todos os tipos de cirurgia, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos para tratar a doença. Em 2018, dados do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS) apontaram que a rede pública realizou 4.609.094 mamografias.
“Quanto mais informada for a população, especialmente as mulheres, mais disseminaremos entre elas que o diagnóstico precoce é necessário e está diretamente relacionado ao sucesso do tratamento. Nos esconder ou omitir só faz com que as chances de cura diminuam”, ressalta a Dr.ª Cristiane Padovani.
Iniciativa Flex
A Flex estimula seus profissionais a cuidarem da saúde e do bem-estar de forma constante. Para as mulheres, um desses incentivos acontece por meio da realização do exame preventivo ginecológico, também conhecido como Papanicolau. O exame possibilita diagnosticar, dentre outras doenças, o câncer do colo do útero.
Para a profissional Flex que faz o Papanicolau é concedido uma folga no dia da realização do exame. O benefício acontece somente mediante os seguintes critérios:
- O exame a ser realizado deve ser necessariamente preventivo e a folga é válida uma vez no ano;
- A profissional deve apresentar a confirmação da consulta, bem como a comprovação da realização do exame, de acordo com o prazo da convenção coletiva vigente.
Em caso de dúvidas, o profissional Flex deve entrar em contato com o SESMT via SAPI.
Assista ao vídeo com a médica do Trabalho das unidades de Florianópolis da Flex Dr. Thais Finger, especial para o Outubro Rosa, e saiba mais sobre a doença, os fatores de risco, além da importância da prevenção e diagnóstico precoce.